Após perder uma das pessoas mais importantes da minha vida, passei um tempo sem conseguir fazer muita coisa, nada me parecia suficiente importante. Por todo um semestre, uma viagem para o Japão foi minha única motivação. Nada melhor, então, que usá-lo para me motivar. Este trabalho surgiu de um jogo jogado por mim mesma durante esse período.
Foi dividido em algumas etapas. Procurando entender o que estava acontecendo comigo mesma, rascunhei um mapa conceitual com tudo que consegui relacionar à morte. Fiquei com uma lista de substantivos abstratos, sendo que todos eles se ligavam entre si . Por isso, fiz pequenas fichas. Em cada uma delas, estava um desses substantivos.
Quis, então, estudar como se significava a morte no Japão. Para isso, escolhi alguns livros japoneses . Ao final de cada um deles, sorteava três pares de palavras. Analisava os livros de acordo com as combinações. O processo me ajudou muito a me relacionar melhor com o próprio luto.
No final do ano, resolvi condensar essa experiência em uma publicação. Como não atravessei o luto sozinha, inclui no projeto duas amigas que viajaram comigo (Júlia  Moreno e Beatriz Oliveira). Para cada cidade que visitamos  no Japão, sorteei 3 pares de palavras. Deveríamos relacioná-los a nossa experiência em cada uma delas. Organizei desenhos e fotos que fiz durante a viagem na publicação "A Morte e seus substantivos abstratos", apresentada aqui. 
trabalho exposto na galeria da cidade (nov/2019 - jan/2020) e na japan house são paulo (fev/2020)

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